quarta-feira, 20 de novembro de 2013

os 26

Eu tinha dito pra mim mesmo (e pra mais algumas pessoas) que eu não escreveria nenhuma crônica sobre os vinte e seis por simplesmente não ter nada pra escrever a respeito da chegada dos vinte e seis anos. Decidi isso unilateralmente ignorando o fato da audiência desse blog meio que esperar algo assim vindo de mim no dia do meu aniversário... a verdade é que eu não tinha nada pra escrever, fiquei pensando por vários dias até decidir isso de não escrever.

Ocorre que essa deusa semi-louca que é a inspiração (que, pra mim, além de ser uma especie de fada é quem me coloca a "pena à mão") veio e me deu inúmeras ideias do que escrever, do que falar e tudo mais, mas isso não era o suficiente, então hoje eu estava lavando louça quando me veio a inspiração certa, aquela que, além da pena na mão, me cutucou até que eu viesse aqui escrever essas linhas. O quê me veio foi variar, eu me encontro numa fase de mudanças no que diz respeito a literatura e formas que eu escrevo, mentalmente ando em uma torrente cerebral imensa que, infelizmente, se esvaem antes que eu possa agarrar uma que seja.

Fazem dias que meu objetivo maior era estudar para o vestibular que vou fazer no dia vinte e quatro (quatro dias mais velho!) e andava mais racional que outra coisa, chegando a conclusões na quimica e na física que, depois do vestibular, não vão ter grandes utilidades práticas na vida (talvez se eu virar terrorista e for fazer uma bomba... abraços Obama! hahahaha) então estudo e classifico esse conhecimento como temporário, algo que, daqui alguns meses, eu malmente vou lembrar que uma transformação isocorica é uma transformação termodinamica onde tanto a temperatura quanto a pressão podem aumentar sobre um gás ideal que ele vai manter o mesmo volume.

Se, nos anos ateriores eu meio que fiz planos e não via grandes coisas feitas no meu passado, se as vesperas do cumpleaños, eu me via melancólico e relativamente deprimido e preocupado com o futuro agora eu vejo que sim, fiz muita coisa no passado, muitas coisas ruins, muitas coisas boas, muita merda e muita coisa cheirosa. E a tendência, é eu fazer igual no futuro, claro que as perspectivas pro amanha são ótimas, os planos, sonhos, desejos nunca estiveram tão pertos de se concretizarem e tals... mas, quero aproveitar a minha crônica de aniversário não pra planejar o praguejar. Não. Quero agradecer não só pra todos que vieram até aqui comigo, como pra todos que ainda vem comigo, quero agradecer a meus pais, ainda que eu não seja o melhor dos filhos, acho que um dia eu chego lá!

A verdade é que, umas três semanas atrás (ou seja: já tinha começado o meu "inferno astral" (ainda que eu não acredite cegamente nisso)) meu dente do siso começou a querer nascer (meu siso cresce um pouco e pára, cresce, e pára, como se o juízo me viesse aos poucos) e doer um pouco, não aquelas dor de sofrer, mas aquela dorzinha chata que incomoda. Depois de ler o Gita (pois é, acabei gostando do budismo...) eu acabei chegando a conclusão de que não vale a pena se preocupar tanto com a matéria (claro que eu adoro ganhar presentes, conquistar as coisas físicas, ainda não atingi o nível de evolução que eu supere essa "deficiência") e sim com as pessoas, em fazer o Bem sempre, sempre seguir pelo caminho da reta-ação. Juntei meu siso com a reta-ação só pra chegar a conclusão de que, se eu estou aqui hoje, alguns dias antes do aniversário propriamente dito, com um fino sorriso nos lábios e uma lágrima teimosa quererndo sair, é porque eu me sinto bem. Estranhamente bem. Estou preocupado com o vestibular, em conseguir um emprego no começo do ano que vem... mas, sinto aqui dentro de mim, que tudo isso vai aparecer ao seu tempo.

Me prolonguei e devo ter me perdido no meio da crônica, mas, esse ano, quero simplesmente agradecer aos meus amigos e amigas, meus pais, meu cachorro e até, porque não, Deus por tudo que vivi/senti (pra mim, as sensações/sentimentos, sempre valeram mais do que vivências em si) até hoje e fazer um pequeno desejo: que os vinte e seis sejam vinte e seis vezes melhores do que foram os vinte e cinco!

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