quinta-feira, 20 de novembro de 2014

os 27

Enfim cheguei nessa idade "maldita", não que eu acredite nisso e não que esse seja o melhor método de se iniciar uma crônica aqui, mas, é inegavel que muitos gênios morreram aos vinte e sete anos. Claro que eu ainda não estou no patamar de gênio, mas... enfim. Vamos começar? Hoje nem é meu aniversário ainda, eu acabei de fazer um trabalho de faculdade e estava aqui relendo as crônicas de aniversário que escrevo desde os vinte e quatro. Curioso como meu estilo de escrever mudou (penso que melhorou um pouco, apesar de ficar um pouco mais enigmatico) e eu acabei mudando também.

Se, aos vinte e quatro, eu já achava o máximo ter chegado até ali (quer reler? Clica aqui), aos vinte e cinco eu já achava incrivel ter "um quarto de século" (ficou curioso? Leia ) e aos vinte e seis eu demonstrava estar relativamente tenso ao que poderia vir pela frente (já que já leu os outros, lê mais esse), hoje, quatro dias antes de chegar aos vinte e sete eu me sinto tranquilo. Não estou nadando em um mar de rosas, mas, sinto que as coisas começam a ficar interessantes.

Esse blog, se a definição de blog é "servir como diário" eu fujo completamente disso pois eu raramente acabo falando de mim na primeira pessoa ou me colocando como personagem de crônica nesse universo. O normal aqui é ter histórias que se passam em um outro universo, paralelo ao nosso, que acabo compartilhando com outras excelentes escritoras (A Bell, a Iza, além, de, é claro da Thata e da Jéssica, com quem divido o blog que gosto de chamar, carinhosamente, de "projeto cartas") onde acabo escondendo devaneios meus, desejos secretos e algumas coisas que não admitiria nem sob tortura haha.

Acontece que esse ano que passou foi um ano repleto de coisas novas. A começar pela prova do vestibular que eu dizia que faria no "os 26": fiz e passei. Agora sou estudante de Publicidade e Propaganda. Acho incrivel ir pra faculdade todos os dias... e o mais legal: eu vou com ela, a minha inseparável Eleanor (que, se você não conhece, leitor, é minha bicicleta, que é mais que uma bicicleta, ela é algo maior... não sei explicar, não em palavras) ouvindo música no volume máximo. No mês de setembro desse ano aconteceu algo que eu queria que acontecesse mas não esperava que fosse acontecer: consegui um estágio remunerado na propria faculdade. Não vou falar que agora estou nadando em dinheiro, mas agora algumas coisas vão começar a melhorar. Não que eu me importe tanto com dinheiro, longe disso, ainda quero tentar um dia não ter essa coisa de "adoração à matéria". Longo caminho até lá, né?

Como sempre acontece enquanto escrevo, eu estou ouvindo música (agora a pouco era de duas bandas ucrânianas que recomendo: Mad Heads XXL e Ot Vinta, ambas eu, como descendente de ucrânianos entendo meia dúzia de palavras, mas o som e os clipes são legais) e liguei no aleatório pra ver se eu tinha uma música pra semi-encerrar a postagem. Acabei achando uma, que vou por um trechinho da letra e o link pra tradução ali no fim, porém quero aproveitar essa "janela" desse universo no blog pra agradecer todos que dividem essa coisa chamada existência comigo, que compartilham seu tempo comigo. Não vou nomear ninguem pois minha memória nunca foi boa com nomes, logo posso esquecer de alguem. Mas, quero agradecer sobretudo aos meus pais, por estarem sempre comigo independente do que acontece. Aos meus amigos fiéis, que são poucos, mas, são fiéis e, claro, aos meus amigos de data recente. A galera da faculdade, claro. Obrigado por tudo, viu, pessoas da minha vida?! De coração. Obrigado. E, como não pode faltar, vou encerrar com o "mantra" de todos os anos: que os vinte e sete sejam vinte e sete vezes melhor do que foram os vinte e seis.

Agora a música:

Ya estoy en la mitad de esta carretera (Eu estou no meio desta estrada)
Tantas encrucijadas quedan detrás (Tantas encruzilhadas ficaram para trás)
Ya está en el aire girando mi moneda (E no ar minha moeda está girando)
Y que sea lo que (E o que tiver que ser)
Sea (Será)

♫♪♫ Jorge Drexler - Sea ♫♪♫